23.6.05

2.6.05

É que há mentiras muito doces!!

Mário. Rapaz de histórias cheias. Vivências as dele e muito poucas outras.
A bondade nasce connosco, só pode. Não se podem ensinar sentimentos de ternura. Não se pode ensinar que a bondade é a que sai do coração e não a que fica bem em bailes de beneficência. O Mário é verdadeiramente verdadeiro. A sua pureza é pura. Verdade. De si.
Acho que nunca conheci ninguém assim. Verdadeiramente intocado pelos vícios, incorrompido de humanidade. No entanto, diz ele, frequenta o mesmo mundo do que eu. Como foi possível? Isso pergunto eu!
Achava eu, erradamente, que poucos seres humanos me fariam surpresa. O Mário surpreende-me, todos os dias.
Afinal, aquilo que é inato e ainda não foi vilmente destruído pelas nossas teias de aranhas predadoras, quando mantido é lindo. O Mário é uma pessoa linda. Não foi o que ele passou que faz dele lindo. Pelo contrário, difícil conceber.
Não faço ideia do que as pessoas realmente são capazes. O Mário deveria ser um daqueles casos clássicos de amargura. O seu fel é no entanto mel.
Muito doce.

Mimo (I)

Sono

De mansinho, sem o sentir
Acolhe-me debaixo de um dos seus braços.
Reviro o olhar para não o ver nem o saber.
Gosto que me embale devagar, e
Tropeçar quando ele me leva.
Algo só pode estar mal quando a minha vontade imensa é fugir muito depressa e ir esconder-me agachadinha .
E quente. Porque estou com frio.
Leva-me aos saltinhos.
Traz-me devagarinho.
Aos sentidos cobertos
De nuvens azuis.Adormeço. Finalmente