28.9.05

Férias...

E na continuação do divagar que são os dias. Devem passar devagar, quando passam galopantes, sem sequer que lhes sinta paladar ou tacto. Entre os dedos escapam grãos de dias como areias.
Faltando canções de magia que suspenda o sol num fio de aço e aquela nuvem do canto esquerdo da minha tela que proteja aquele bocadinho de sombra. Só para quando me maçar muito. O sol. Lá ao fundo, a brisa paralisada saída da voz de Zeus, agora calmo. Por favor, dócil.
Assim, o único aroma permitido seria o das férias. Plantas verdes do Alentejo, a noite silenciosa de Bragança. O bater das asas de um pássaro qualquer português. Férias. Mesmo cá dentro. Com trago a coentros e MAR da serra.

Em histórias desiguais destronei a má rainha que me queria ver destruída, destronada desterrada, enterrada? Nos meus sonhos, os cabelos meus eram brilho e a minha beleza segurança de convicções. Seguras. Apertadas e confiáveis. As vozes não choravam. Sorriam, sorrindo a alguém forte por eles e por elas sem nunca cansar e tão bem assumir o protector papel de guardiã de vidas aos milhares de desesperança porque é sempre tão mais fácil pedir que alguém tome conta de nós, deixando-nos a liberdade de brincar no parque e criarmos aventuras às dezenas, mas sermos cuidados e alimentados e aquecidos e acariciados.

Obrigados.

N.A.: pedido de desculpas antecipado por me fazer repetitiva!

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