20.4.06


Estou sentado à tua espera. No fim do muro que ameaça ruir. Onde passa por mim o vento descalço. A desculpar a tua ausência.

Estou parado à tua espera. No fim da rua que ameaça fugir. Onde me dizem que não vens E nem me és.

Estou parado à tua espera. No fim de uma nuvem que ameaça chover. Onde me dizem que me faltas.

Por isso fui e dou-te adeus. Porque me deste a àgua que me afoga.


(Obrigada, Rui. Espero que me desculpes a ousadia...)

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