Apercebo-me que a minha vida tomou um rumo que não reconheço como um percurso que poderia ser o meu. Um estado de embriaguez entorpece-me o espírito que já é irrequieto. Para que as voltas que dou voltando ao mesmo lugar mas noutra plataforma. Distorcida.
A minha realidade compõe-se com os factos que me deveriam ser novos mas, parecem instalados como se estivessem lá desde sempre, com os vícios que são meus. E assim, mil e umas vezes mais olho-me ao espelho e não me reconheço e cada vez mais o meu rosto faz sentido para a imagem que tinha de mim, porque as minhas preocupações são outras que nunca pensei serem as que tenho. É com se estivesse noutro sítio quando chega a altura de fazer opções e quando voltas e olhas e…
Nada acontece, então. E fico ou deixo-me ficar. Porque as colinas estarão para sempre lá e a areia e o vento e o mar e os rios e as flores e as árvores. E os pássaros que me irritam de manhã.
Durmo sonolentamente. E não acordo. Porque tenho medo que seja um sonho.
E afinal, a manhã já passou. Alívio contido. Porque estou de férias.
(A pedido de numerosas famílias, foi o post possível sobre férias...ai... Mais uma vez, obrigada, Afonso! )