28.11.08




Não te vais apaixonar por mim, pois não?
Não. Não tens com que te preocupar.

E chove imenso. E já amanheceu, entretanto.

Silêncios.

Momentos. A terra treme e a condensação aumenta. E está tudo silente, outra vez.

Quero-te assim, mais uma vez.
Não, agora não. Amanhã.

E continua a chover.

O jornal de domingo está esquecido na mesa da cozinha. O café faz-lhe a companhia arrefecida. E, aqui não volta mais.

É um estado.

Só quero que fique tudo esclarecido.
E, não está?
Para mim não estava. Agora está.
Óptimo.

Os gatos miam de fome. Deve ser da chuva que não pára.

Achas que os pássaros sonham?
Não sei.
Acho que deviam sonhar.
Que não chove mais?

E a porta bateu. Era de frio. Que miavam.

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