5.2.09
2.2.09
Vou à guerra sem armas. Vou à guerra sem lágrimas. Vou à batalha que é minha contra o mundo que é meu.
Chorarei as penas. Plumas em pó de histerias da mente salvas em tristes desabafos no ar. Chorarei os cantos em salmos de tempestades. E num só dia, pensarei morrer de amor.
Vou à guerra sem regresso. Afundar a fraqueza de soldado sem ordem. Sangue em voz que mata.
Vou atirar a ceifar os desejos sem dicionário. E deixar só as memórias. Vou à guerra sem peito. Vou à guerra sem medo.
Chamarei almas e credos, palavras e escabeches feitos milagres. Cantarei adeus às aldeias e aos pecados. Vou à guerra.
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