27.1.05

What?? O meu orgulho!?!

in Comércio do Porto:
""Estalidos em Marte" chegam hoje ao Campo Alegre numa estreia intergaláctica do TUP
Escrita e encenada por Filipe S. Tenreiro, viagem satírica e pseudo-futurista do Teatro Universitário do Porto ao universo do século XXIII
O Teatro Universitário do Porto (TUP) estreia hoje (dia 26) às 21h30 a proposta "Estalidos em Marte" no palco da Sala-estúdio do Teatro do Campo Alegre (TCA). Trata-se de uma viagem intergaláctica em direcção ao futuro. Sexo, drogas e rock´n´roll no séc. XXIII numa sátira pseudo-futurista à sociedade contemporânea escrita e dirigida por Filipe S. Tenreiro em cena no TCA até 6 de Fevereiro. No final do séc. XXI dois portugueses são os primeiros astronautas a pisarem Marte, dando início um processo de colonização interplanetária. Volvidos dois séculos, a comunidade estudantil universitária serve de objecto de análise sociológica e comportamental do humano. Num contexto antropológico marcado pela infantilização, triunfa uma visão trágica da Humanidade. Um elenco de sete personagens planas e estereotipadas, movimentam-se num cenário vazio de adereços. Filipe S. Tenreiro, que estreia a sua primeira peça na cidade que o fez nascer, distancia-se da ideia do escritor de teatro solitário. "Na verdade, sou incapaz de escrever sozinho em casa e depois trazer o material para o palco", afirma. O processo criativo de "Estalidos em Marte" foi tendencialmente experimental, "in progress", em permanente confronto com os intérpretes. "Se os actores fossem outros, o resultado final seria certamente diferente", confessa o encenador com múltiplos trabalhos desenvolvidos no audiovisual brasileiro, via Rede Globo. O princípio do entretenimento televisivo, veloz e estereotipado, é transportado para o palco em micro-narrativas de cariz satírico corporizadas por personagens como Paula, a estudante que ameça transformar o suicídio na casa de banho da universidade num acontecimento mediático, ou Poças, o rebelde hedonista disposto a "colocar o sistema em xeque". Emergem dos diálogos palavras e expressões "da moda", como "carácter" ou "forrobodó", signos linguísticos que utilizados até à exaustão se esvaziam do significado matricial, triunfando como símbolos de poder essencialmente estético. Assumindo o carácter lúdico da peça, o encenador procura através do entretenimento levar as pessoas a reflectir, sobre comportamentos socio-culturais. "O teatro não deve só entreter, mas também levar as pessoas a pensar", considera o encenador Filipe S. Tenreiro. "

1 comentário:

Anónimo disse...

OS meus Parabéns...o teu orgulho...e o nosso também!VIVA O T.U.P!
Jinhos
A humilde secretária ;)