Tenho uma arma secreta
ao serviço das nações.
Não tem carga nem espoleta
mas dispara em linha recta
mais longe que os foguetões.
Não é Júpiter, nem Thor,
nem Snark ou outros que tais.
É coisa muito melhor
que todo o vasto teor
dos Cabos Canaverais.
A potência destinada
às rotações da turbina
não vem da nafta queimada,
nem é de água oxigenada
nem de ergóis de furalina.
Erecta, na noite erguida,
em alerta permanente,
espera o sinal da partida.
Podia chamar-se VIDA.
Chama-se AMOR, simplesmente.
(António Gedeão)
2 comentários:
Oh Susie para mim! É mesmo para mim, ou estou a ser pretensiosa? Adorei! É demais! Eu não mereço.
Um poema do grande António Gedeão da Leonoreta e da Pedra Filosofal com uma imagem que penso ser da Jane Fonda do filme Barbarella.
Um filme totalmente doido, com aqueles laivos psicadélicos, trashy e sci-fi de sexo no espaço com um strip-tease a gravidade zero. Só poderia ser do final dos anos 60 no summer of love.
E claro não poderia de deixar de ter os penteados a 60's e 70's. Completamente esquizo!
Que espectáculo! Obrigada, muito obrigada e continua com muita força e muita luz a escrever com a pena de um milhafre.
Com o tempo passarás a ser uma crisálida que voa também num sítio sem gravidade, completamente despreocupada e como a Jane Fonda vais derrotar os maus do universo!
Força!!!!!!!!!!!!!!
Beijocas,
Barbarella
sem palavras*
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