19.10.07
Szolnok, Hungria
Homens velhos de ares cansados e passos grandes. Foge a força de um tempo que já não é deles.
Mulheres velhas que não esquecem a juventude que já não é delas.
O olhar é sempre altivo. E sem sorrisos.
E muitos, mesmo muitos, sob a sombra de um Baco impronunciável esquecem as glórias bárbaras em que foram falsos heróis. E sempre derrotados. Atiram-se para uma esquina qualquer com melodias roucas do vento seco e esperam as brisas quentes de além.
Para eles já não há esperanças ou credos.
São gárgulas próprios de si atormentados pelas marés do Tirsza.
Os mais novos engolem as novidades do ocidente fazendo para si estes hábitos velhos. Herdam seus males sem terem provado o seu bem. Tudo aqui passa ao seu tempo.
Tentando recuperar o tempo prendido em estátuas que não lhes servem a memória. Porque ninguém é de lá nem de sítio nenhum.
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2 comentários:
Tanto pela descrição como pela fotografia vê que é a Maia. Mas estamos a enganar quem?
(vê-se)
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