2.2.09


Vou à guerra sem armas. Vou à guerra sem lágrimas. Vou à batalha que é minha contra o mundo que é meu.


Chorarei as penas. Plumas em pó de histerias da mente salvas em tristes desabafos no ar. Chorarei os cantos em salmos de tempestades. E num só dia, pensarei morrer de amor.


Vou à guerra sem regresso. Afundar a fraqueza de soldado sem ordem. Sangue em voz que mata.


Vou atirar a ceifar os desejos sem dicionário. E deixar só as memórias. Vou à guerra sem peito. Vou à guerra sem medo.


Chamarei almas e credos, palavras e escabeches feitos milagres. Cantarei adeus às aldeias e aos pecados. Vou à guerra.


2 comentários:

Nelson disse...

Palavras que demonstram um espirito guerreiro de quem se apaixona pelas suas causas!

Susie disse...

dizia o poeta...é hora!