31.8.06

A mar

Sabe a mar, o céu. Adoro quando o céu sabe a mar. E o mar que adora o céu.

(foto linda, do Mimas. Roubada sem escrúpulos!)

29.8.06

Frida

Manuel Alvarez Bravo . 1930. Frida Kahlo

Ela está sentada, à espera. As escadas parecem já desconfortáveis. Antes, sorriram boa ideia no pensamento.

Mas, ele não percebe.

No fundo, bem fundo ele não percebe.

O mais secreto desejo. Aquele que nem em razão se traduz nem em paranóia ou obsessão.

Porque é só aquilo que se quer.

Mesmo com dor. E não se diz a ninguém. Mantém-se apenas.

Dentro de um grito em surdina e que espera que não seja ouvido. Mas que aperta dentro do coração.

Lamenta.

Lamenta-se.

Não por ele. Mas para ele. Se calhar só depois de várias mezinhas, rituais e danças com água. Não assume a piada. Apenas afrontamento. Peca mais que tudo ao deseja-la de volta. Ao não querer saber de nada. Da fúria que se impôs.

Atira as culpas para o Karma.

Antes esquecer-se de vez. Do que nunca mais voltar. Porque seria mais fácil, não melhor para o que o afoga. Ao fundo. Porque no fundo é um ódio que lhe tem doce, doce. Virtudes do fel.

Se calhar. Se calhar é assim que se expurga de vez. Ai, quantas e quantas palavras destas lhe deixou. Se deixou.

Porque queria que chegassem ao coração e não passam do seu. Nem da folha branca de zeros e uns que nunca passa a papel.

E quando mais te quero menos te sei e sinto. distância.
E quando menos te queria mais te sentia.
sufoco.
Nunca mas, nunca serias meu sonho. Tornaste-te insónia.

Não se odeia por isso. Só não se conhece.

E ninguém faz ideia do que é a tortura. Faltam-lhe lágrimas porque as engole e engorda assim o fardo.

Esperam-se bem. Com mágoa. Porque não estás comigo?

28.8.06

Oração

Marc Chagall, Bride with a fan
1911 - oil on canvas

Não te posso dizer que não.
Nem te quero resistir. As palavras ficam deitadas. Na boca. E sem pronuncia.
E se declarar é mais forte o silêncio. És tu minha oração.

(para D. porque sim)

22.8.06

Portugal no seu melhor (II)


Ai, o pagode, o pagode! O pagode, não! A pândega!

Portugal no seu melhor (I)


E pronto! Começam a chegar os primeiros registos fotográficos de por onde andei. É muito munito! Ai, é! Pois é!


Agradecimentos à mais nova contratação deste blog, o fantástico "repórter de imagem" que esteve lá para ...mais tarde se recordar! ;)
Obrigada, José Farinha!

11.8.06

BOOM!!

-No comments!


*Uma observação:
Porque é que as árvores não crescem sítios planos?

3.8.06

Mantra do dia

Salvé
Salvé
Magnum Stago*!



(*Para mais informações, ver dois ou três posts abaixo!)

1.8.06



A calmia está para rebentar.
Perdi-me longe do teu olhar e finalmente esqueci-me.

Nas cascas das laranjas amargas

Não vás assim, tão perdida.
Não corras assim, tão sentimentalmente.

Porque se achas que já são horas....
Já foram. Muitas.
A seguir os minutos.

Desenhaste formas de barcos

E ainda bem que chove.

E deixaste-os escorrer

Por um rio que ja não sobe.

(thanks, again. your pics are great. dear, Mat.)